Novas opções terapêuticas beneficiam pacientes com HPN e asma eosinofílica grave
O Sistema Único de Saúde (SUS) dá mais um passo importante na garantia do acesso a tratamentos de alta complexidade. Em uma decisão que beneficiará milhares de brasileiros, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de novos medicamentos para o tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e da asma eosinofílica grave refratária. A medida, pactuada com gestores estaduais e municipais, representa um avanço significativo na assistência farmacêutica no país.
HPN: nova opção terapêutica e economia para o SUS
A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma doença rara que afeta a produção de células sanguíneas e pode levar a complicações graves. Até então, o tratamento padrão para a HPN era o eculizumabe, um medicamento de alto custo que precisava ser administrado a cada duas semanas. Com a inclusão do ravulizumabe no SUS, os pacientes poderão ter acesso a um tratamento mais prático e econômico, com intervalos de administração de oito semanas. Essa mudança representa uma economia estimada de R$ 529 milhões para o SUS nos próximos cinco anos.
Asma eosinofílica grave: tratamento mais acessível para crianças e adolescentes
A asma eosinofílica grave é uma forma mais severa da doença, que acomete principalmente crianças e adolescentes. Com a inclusão do mepolizumabe no SUS, esses pacientes terão acesso a um tratamento mais eficaz, que reduz a inflamação nas vias aéreas e previne crises mais graves. A nova apresentação do medicamento, em dose menor, permitirá o tratamento de crianças a partir de 6 anos.
Benefícios para os pacientes:
A ampliação do acesso a esses medicamentos traz diversos benefícios para os pacientes, como:
Melhora na qualidade de vida: Os novos tratamentos proporcionam maior controle das doenças, reduzindo sintomas e hospitalizações.
Aumento da expectativa de vida: Para pacientes com HPN, o tratamento com ravulizumabe pode aumentar significativamente a expectativa de vida.
Redução de custos para o sistema de saúde: A economia gerada com a utilização do ravulizumabe permitirá que o SUS invista em outras áreas da saúde.
Com a inclusão desses novos medicamentos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), os estados e municípios terão a responsabilidade de organizar a distribuição e dispensação dos medicamentos aos pacientes. O Ministério da Saúde oferecerá suporte técnico aos gestores locais para garantir a implementação eficiente da nova política.
A inclusão de novos medicamentos para o tratamento da HPN e da asma eosinofílica grave representa um marco importante para a assistência farmacêutica no Brasil. Essa medida demonstra o compromisso do governo em garantir o acesso a tratamentos de alta complexidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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